A mulher de mãos dadas com a solidariedade
Por: Adriana Junges, Leandro Passos e Luana Iensen
Dois anos foi o tempo em que Aglaia Philbert Pavani ficou sentada enquanto o filho, por determinação médica, praticava o judô. O professor do garoto observava e convidou-a para praticar o esporte. Assim, começou a trajetória da pedagoga, atleta e mãe de muitos "filhos" que fazem parte da sua história com a arte marcial e que, mais tarde, em 1994, daria vida ao projeto Mãos Dadas/Santa Maria Judô.
Antes do Mãos Dadas, Aglaia já havia começado a utilizar o esporte como meio de salvar suas crianças das drogas. Na escola municipal Augusto Ruschi, na qual lecionava em 1987, com tatames usados, começou a ensinar e treinar os jovens como uma maneira de devolver a eles a cidadania, uma que o bairro em que se situava a escola, Nova Santa Marta ou conhecido co Sem-Teto, tinha vários problemas de infraestrutura e os moradores haviam ocupado o local recentemente.
Aos poucos, esse envolvimento foi tomando forma. Aglaia é casada com Pedro Lázaro Cáceres de Moraes, seu professor de judô, o que ajuda muito quando se trata de ter uma vida corrida devido aos compromissos que ambos têm. A união e companheirismo dos dois fazem com que o projeto só cresça como uma grande família. Muitas vezes, acolhem os alunos na casa deles. Conforme Aglaia, " já tive atletas morando dentro da minha casa para se curar de leucemia, eu já tive atleta morando na minha casa para terminar os estudos". Ela também destaca que "eles são uma extensão da minha família (...) dentro do meu coração".
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Aglaia tem o judô como missão de vida |
A judoca ainda compete em campeonatos brasileiros, pan-americanos e mundiais na categoria master. "No âmbito estadual ou municipal, eu não disputo mais porque eu estaria competindo com as meninas que são minhas alunos e aí já não dá mais", diz. Aliás, a trajetória de Aglaia como esportista e competidora é um exemplo de que não existe tempo determinado para se iniciar em alguma modalidade. "Eu comecei judô com 27 anos, eu já era mãe, já estava com minha vida profissional encaminhada e assim comecei a praticar o judô", relembra.
O que mais comove a judoca são as lembranças de histórias que envolvem superação na trajetória de jovens que já passaram pelo projeto e hoje estão colhendo os frutos desse trabalho. Maria Portela é uma delas , vencedora de várias competições, inclusive com medalha de ouro em circuito europeu, conseguiu carimbar seus passaporte para competir nas Olimpíadas de Londres 2012. A menina é um exemplo para muitos que treinam com Aglaia
Não foi fácil conquistar um lugar no cenário esportivo, e ainda mais com trabalho social. Aglaia contou que os atletas já treinaram em lugares sem condições de uso, como garagens, ringues de boxe e, quando não tinha dinheiro para o aluguel, levava o material para sua casa. Hoje, devido à verba de projetos como Bolsa Esporte e a Lei de Incentivo ao Esporte, o Mãos Dadas se mantém; além, é claro, dos amigos parceiros que o projeto tem desde sua criação. Atualmente, com 18 anos de projeto, essas parcerias financiam o esporte e acesso à inclusão social de 553 atletas em oito núcleos na cidade.
O judô tem enorme importância na vida dos seus atletas, das crianças e adolescentes atendidos e que,quando se tornam adultos, permanecem na equipe. “O judô é tudo para eles em termos de sociabilização, eles saem do mundinho deles ali na vila rumo ao mundo” afirma. No projeto ainda são disponibilizados para alunos os quimonos, cestas básicas, material escolar,tudo arrecadado com a rede de amigos que a treinadora conseguiu ao longo dos mais de 20 anos de trabalho social.
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Cáceres, Maria de Lourdes e Aglaia, a vitória do judô |
Esse amor ao tatame e ao Mãos Dadas já fez com que a professora Aglaia recusasse convites para dar aulas em outros estados. Confessou que sua maior vontade é morar na praia, só não se mudou de vez, para não deixar desamparados seus alunos.
Esse carinho e amor com que ela coordena as ações do Mãos Dadas transparecem na voz e em seus gestos, e quando afirma a importância do judô na vida de todos os envolvidos. Saúde, disciplina e educação que foram responsáveis por formar três gerações de atletas. Isso a gratifica e a faz continuar.
Não é possível, Aglaia, pedagoga, professora de judo, 4º Dan, começu no judo com 27, só se for em cada perna, não consigo visualizar ela no tatame, é brincadeira, fazendo projetos sociais, tem algo errado aí, olha o LUPPI, casada com o Cáceres, também não sabia, coitado, onde foi amarrar seu burro, deve ter também, alguns parafusos a menos. Já tá grande esta conversaa... assim não tem quem aguente, Aglaia, 4º Dan, quem foi a banca que fez os exames?, fazendo projetos sociais, mais uma vez, tem coisa errada aí... vamos saber.
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