sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O bom momento do Inter-SM


Se a 10 dias atrás o Inter-SM não vencia mesmo jogando um bom futebol, preocupava seu torcedor e até alguns dirigentes pela incomoda posição na tabela de classificação da Copa Hélio Dourado, hoje isso está cada vez distante. O cenário no alvirrubro mudou da água para o vinho nesses 10 dias. Veio a primeira vitória e logo diante do principal rival da cidade e pela vaga na próxima fase por 3x2 e de virada, depois um jogo espetacular e grande empate em 3x3 com o Pelotas, em Pelotas no último domingo. A confiança no trabalho do técnico Betinho e os jogadores mais soltos pode ser um dos fatores que estão presentes no crescimento do Inter-SM na competição.

Ontem, no feriado de 20 de Setembro, os santa-marienses receberam um "desafeto" chamado Guarany de Camaquã, no Presidente Vargas. O público até foi melhor que os outros jogos, mas ainda está longe de pode ser considerável aceitável, principalmente pelo atual momento do clube. Mas os torcedores que foram, apoiaram e tiveram em troca um ótimo futebol e viram uma vitória conquistada por 3x2, com autoridade dentro da partida.

Inter-SM venceu com bom futebol no PV. Créditos: Yuri Weber/Lab.Fotografia  Unifra

Betinho colocou o time com dois centroavantes de área, Alex Pires e Luan. E o esquema do técnico deu certo logo aos cinco minutos, quando Alex Pires colocou para as redes do goleiro Mateus, 1x0. Marcando forte e aproveitando a velocidade de Gustavo Sapeca e Lucas Peres, o Inter-SM não dava chances para o Guarany-CM pressionar no ataque. A equipe de Camaquã até tinha mais posse de bola, mas objetividade aguda não aparecia.

Com o segundo gol, marcado pelo zagueiro Luther, aos 30 minutos após escanteio cobrando por Gustavo Sapeca, o Inter-SM consolidou sua autoridade dentro da partida até o fim do primeiro tempo. Luan e Alex Pires conseguiam tabelas, ganhavam do trio de zagueiros do adversário e abriam constantes espaços principalmente para o avanço de Douglas Tuchê pela lateral direita.

Marcação e velocidade foram marcas do alvirrubro contra o Guarany. Créditos: Yuri Weber/Lab.Fotografia Unifra

Mas a autoridade dos donos da casa foi ameaçada logo no inicio do segundo tempo. Aos 35 segundos, Flaviano colocou o Guarany-CM no jogo, 2x1. E logo após o gol, um pequeno apagão aconteceu no Inter-SM e o adversário quase chegou ao empate. Mas quando a fase é boa e favorece tudo muda, e foi assim que aos dois minutos e trinta, Luan, aposta de Betinho, recebeu na frente e deu mais vantagem ao Inter-SM, 3x1.

Com vantagem aberta e a fase mudando, os jogadores demostravam com mais tranquilidade seu futebol. O Inter-SM recuou apostando nos contra-ataques sendo puxados sempre por Gustavo Sapeca. Em contrapartida, o Guarany-CM colocou-se todo dentro do campo ofensivo jogando aberto com Jean e Alex Pereira. E foi numa jogada pelas pontas, que Jean após rebatida da zaga alvirrubra, chutou no canto de Ismael, 3x2.

Guarany-CM teve posse, mas não levou perigo para empatar o jogo. Créditos: Yuri Weber/Lab.Fotografia Unifra

O Guarany-CM seguiu tendo mais posse, mas o espaço aberto na zaga quase foi aproveitado por Fabrício que parou em Mateus. Luan foi outro que teve boa chance numa indecisão da zaga, mas Mateus conseguiu salvar o Guarany-CM. E o jogo terminou, 3x2 para o Inter-SM. 

De lanterna com apenas 1 ponto, em dez dias passou a oito e na zona de classificação (Riograndense joga domingo contra o 14 de Julho e pode ultrapassar o Inter-SM na tabela, briga que deve acontecer até a última rodada) e com duas vitórias seguidas diante do torcedor. A principal palavra dita pelos atletas é união, e todos acreditam que com a confiança restabelecida a classificação está mais perto do Inter-SM. Pelo futebol apresentado nesses dez dias, a classificação para a próxima fase depende do próprio Inter-SM seguir mostrando o futebol nos últimos jogos para se manter vivo na competição.

União é a palavra dita pelos atletas do Inter-SM para a classificação. Créditos: Yuri Weber/Lab.Fotografia Unifra


Inter-SM (3): Ismael; Douglas Tuchê (Nilier), Betão, Luther, Francisco; Rossi, Gabriel Duarte, Lucas Peres (Rafael Marques); Gustavo Sapeca, Alex Pires e Luan (Fabrício) - Téc: Betinho


Guarany-CM (2): Mateus; Douglas, Gustavo, Fábio; Alex Pereira, Junior, Ivan Lima, Alan Delon; Esquerdinha, Kleyton e Flaviano - Téc:  Fabiano Daitx 

Gols: Alex Pires (5'/1ºt), Luther (30'/1ºt) e Luan (2'30''/2ºt) - Inter-SM 
          Flaviano (30''/2ºt) e Jean (15'/2ºt) - Guarany-CM








quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Inter-SM venceu na superação


A palavra que melhor define o clássico Rio-Nal 257 é superação. Foi com ela que o Inter-SM depois de estar duas vezes atrás do marcador jogando dentro de casa e enfrentando o seu rival num clássico conseguiu uma virada por 3x2 nos minutos finais de partida no Estádio Presidente Vargas.

Superação 1

Ambas as torcidas compareceram em pouco número. Não havia motivos para tanta desconfiança e falta de apoio, afinal de contas, os dois clubes precisam cada vez mais de suas torcidas e em momentos difíceis muito mais. Os torcedores que compareceram em maior número do Inter-SM, tinham mais motivos para "torcer o nariz", principalmente com o meia-atacante Leandro Fernandes, jogador que em todos os jogos acaba sofrendo com vaias.

E as vaias para Leandro e o time poderiam ter vindo de maneira imediata logo aos seis minutos. Após cruzamento da direita, a bola encontrou Tiago Duarte dentro da área sozinho e o "Homem Rio-Nal" não perdoou o goleiro Ismael, Riograndense 1x0. 

Tiago Duarte comandou o Periquito no clássico - Créditos: Jean Pimentel/Ag.RBS

Se as vaias podiam aparecer junto com o nervosismo do alvirrubro, não deu tempo para isso. Um minuto depois, Alex Pires chutou cruzado e Leandro Fernandes, o garoto vaiado e da superação, deu um carrinho e colocou o 1x1 no placar e no primeiro tempo.

Superação 2

O empate não servia, principalmente para o Inter-SM. E o segundo tempo prometia ser um jogão e sim aconteceu. Com três minutos, Chiquinho cobrou falta na intermediária, a bola passou por todo mundo, menos por ele, Tiago Duarte que de carrinho colocou a bola no fundo das redes, 2x1 Riograndense. Tiago Duarte com o gol, chegou a marca de 5 gols em clássicos em 3 jogos disputados em 2012.

Mas foi então que a superação alvirrubra entrou em campo. O técnico Betinho abriu o time, colocou um meia (Fabrício) e um centroavante (Luan) para buscar o empate a qualquer custo. Quase conseguiu, Douglas Tuchê cruzou e Leandro Fernandes abaixo das traves cabeceou prensado com Alex Pires, seu companheiro, e a bola caprichosamente passou rente o travessão.

O Riograndense recuava perigosamente com o passar do tempo. Quase todos os jogadores, exceto o trio ofensivo, Tiago Duarte, Giovani e Egon ficavam na frente, o resto do time recuado para desespero de Círio Quadros. Porém, mesmo com toda retranca involuntária da equipe, Tiago Duarte teve a bola da partida após os 30 minutos.

O artilheiro recebeu um belo lançamento e percorreu quase 25 metros sob marcação do zagueiro alvirrubro Luther. E Tiago entrou na área para marcar o gol, mas na hora de finalizar não pegou bem na bola e o goleiro Ismael fez uma linda defesa. E como o futebol não perdoa erros, mais uma vez isso aconteceu.

E aos 37 minutos, Rossi cobrou falta para área e o zagueiro Luther com uma casquinha de cabeça, colocou a bola longe do alcance de Eduardo empatando o jogo, 2x2. O gol empolgou a equipe da casa que percebeu que os últimos minutos teriam que ser de pressão e voltamos as palavras usadas acima, superação, para chegar ao resultado positivo. E esse resultado veio nos minutos finais.

Círio Quadros entrava em desespero pedindo para o Riograndense avançar e sair da retranca, tudo isso, parecia ser desconsiderado pelos atletas. E em mais uma falta cobrada por Rossi para dentro da área, Gregori dividiu com o goleiro Eduardo, Gregori e o centroavante Alex Pires, a bola subiu e foi parar dentro do gol, gol da virada, gol contra de Gregori, 3x2 aos 44 minutos do segundo tempo.

Jogadores do Inter-SM invadiram o campo com a virada - Créditos: Jean Pimentel/Ag;RBS


O resultado foi justo pela vontade demonstrada pelo time da casa que teve dois pênaltis não assinalados pelo árbitro da partida Roberto Carlos Bolzan e pela vontade do segundo tempo. O Riograndense não fez uma partida ruim em termos técnicos e até táticos, porém, pecou no recuo em demasia no segundo tempo, chamando para a pressão o time da cada e pelos jogadores não ouvirem as orientações de seu técnico Círio Quadros..

Com a vitória, o Inter-SM chegou aos quatro pontos, mas segue na lanterna do grupo B. Porém, fica apenas um ponto do Riograndense que tem cinco, na sexta colocação. O Alvirrubro joga contra o Pelotas, em Pelotas no fim de semana, já o Riograndense recebe o Brasil de Pelotas, nos Eucaliptos - 15 horas, com transmissão da Rádio Web Unifra/Titular Da Rede - radiounifra.org


Ficha técnica

INTER-SM (3):  Ismael; Douglas Tuchê, Luther, Gabriel Dorneles, Francisco (Fabrício); Rossi, Gabriel Duarte, Lucas Peres, Sapeca (Luan); Leandro Fernandes (Cabral) e Alex Pires - Téc: Betinho

RIOGRANDENSE (2): Eduardo; Anderson, Clayton, Rangel, Tosta (Ricardo Maria); Gregori, Edu Silva, Egon, Chiquinho; Giovani (Jonatas Paulista) e Tiago Duarte - Téc: Círio Quadros

GOLS: Leandro Fernandes (7'30''/1ºt), Luther (37'/2ºt), Gregori - contra (44'/2ºt) -INTER-SM
            Tiago Duarte (6'30''/1ºt) e (3'/2ºt) -  RIOGRANDENSE 



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Derrota e eliminação


Não deu para o Juvenil do Internacional de Santa Maria. A equipe alvirrubra precisava de um resultado positivo na partida contra o Caxias para classificar-se para as fases finais da Taça Piratini, o primeiro turno da competição, mas acabou dentro do Presidente Vargas levando 2x0. Como também os resultados paralelos não favoreceram, a equipe foi eliminada e agora concentra suas forças para a Taça Farroupilha.


Primeiro Tempo

Logo aos dois minutos de partida, após cobrança de falta da intermediária, Ianson desviou para o meio da área e sozinho Diogenes colocou o Caxias na frente, 1x0. Gol logo no inicio não mudou a postura do Inter-SM que na voz de seu técnico, Peixe, pedia tranquilidade aos seus comandados e que jogassem o futebol que estava planejado.

E foi assim, aos 13 minutos, que Junior foi lançado dentro da área, mas ao invés de bater em gol preferiu o lançar Cristiano que bateu cruzado para firme defesa do goleiro Andrei. A partida era fraca tecnicamente e começou a esquentar quando o técnico do Caxias foi expulso por reclamação. O comandante caxiense reclamou uma postura mais ríspida do árbitro da partida, que viu o meio Bebê do Inter-SM chutar o jogador adversário e apenas apresentar cartão amarelo.

A equipe grena mantinha o controle da partida com muito toque de bola, mas sem nenhuma finalização perigosa. Aos 28 minutos, após perder a dividida com Biel, Bebê acertou o adversário mais uma vez e acabou levando o segundo cartão amarelo, sendo expulso corretamente pelo árbitro, apesar de sair do gramado questionando o cartão recebido. E o primeiro tempo sem grandes chances de gol, terminou em 1x0.
Inter-SM de Wagner (Foto) acabou sendo eliminado dentro de casa: Créditos: Laudia Bolzan/Inter-SM

Segundo Tempo

Com um jogador a menos, o técnico Peixe mudou a equipe colocando Gabardo na lugar do meia-atacante Cristiano. E logo aos cinco minutos, Junior teve uma chance em uma cobrança de falta. O centroavante alvirrubro pegou bem na bola e ela passou perto do travessão do goleiro Andrei.

A partida seguia pegada e ficou ainda mais aos nove minutos. O lateral Biel acertou um soco em Julio Araújo que revidou com cuspe no rosto do adversário. O árbitro auxiliar, viu o lance e relatou o árbitro que acabou expulsando ambos nos atletas. Para seguir a confusão, Julio encarou o auxiliar da partida com palavras ofensivas. Na saída para o vestiário, mais confusão envolvendo os atletas reservas do Caxias e o meia do Inter-SM, que segundo relatos do delegado da partida que viu a cena, irá sofrer forte represaria pela atitude.

O jogador do Caxias deu a versão da expulsão na saída de campo:



Com a partida restabelecida, o Caxias começou a assustar o goleiro Juninho. Aos 13 e 15 minutos com dois chutes de Ariel para boas defesas do goleiro do Inter-SM. Aos 19 minutos, Maurício foi lançado dentro da área sozinho, mas Juninho salvou o Inter-SM.

Aos 29 minutos, Ariel passou por três jogadores do Inter-SM, mas na hora da finalização acabou pegando mal na bola e Juninho fez a defesa. O Inter-SM apostou nas faltas, jogando a bola para dentro da área, mas apenas uma vez o lance foi aproveitado e quase Argentino aproveitou.

E no fim do jogo, veio o golpe final. Pablo entrou sozinho e colocou no fundo do gol, Caxias 2x0. Com todos os jogos finalizados, o Inter-SM ficou 7º colocação do grupo A, com 8 pontos. A equipe alvirrubra teve 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas com saldo de gols -4.

O Técnico Peixe analisa a campanha do time e faz um desabafo em torno da falta de apoio que a categoria de base sofre dentro da cidade.Além disso, Peixe projeta a equipe para a taça Farroupilha.







Ficha técnica:

Inter-SM (0): Juninho, Wagner, Édipo( Marcos), Bernardo (Taygor), Kelvin; Kevin, Pedro(Mauricio), Julio Araujo, Bebê, Cristiano (Gabardo depois Argentino); Junior

Caxias (2): Andrei, Biel, Ianson, Diogenes, Thiaguinho(Victor); Diogo Falcão, Deivison( Mauricio), Gustavo Barreto(Pablo); Alan, Ariel (Thomas) e Edson (Luis Gabriel)

Gols: Diógenes (2min/1ºt) e  Pablo (41min/2ºt)

Cartões Amarelos: Édipo, Kevin, Kelvin, Bebê (Inter-SM)
                             Thiaguinho e Deivison (Caxias)

Cartões Vermelhos: Bebê e Júlio Araujo (Inter-SM)
                               Biel (Caxias)

Arbitragem: Marcelo Machado Lemos
                   Pablo Sebastian de Mello
                  Solano de Oliveira

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Torcida x Clubes - Uma reflexão do futebol de Santa Maria


No titular da rede, temos a liberdade de escrever neste espaço sobre o tema  que achamos conveniente, sempre ressaltando que parte de uma opinião pessoal sobre tal fato. Por isso, depois de muito refletir resolvi dissertar sobre o tema: Torcida x Clubes, o futebol em Santa Maria.  O atrevimento para tal reflexão se dá de uma pequena convivência que estou tendo nos últimos 18 meses dentro de Inter-SM e Riograndense levando em conta sempre suas dificuldades em manter o futebol.

O papel dos dirigentes

O futebol de Santa Maria precisava e ainda precisa urgentemente de profissionais dentro das diretorias dos clubes. Não se pode mais dar espaço para pessoas que fiquem ligadas a conceitos pequenos do futebol amador ou então, de dirigentes com poder aquisitivo que estão nas diretorias apenas por possuírem capital para investimentos. O futebol que algumas pessoas pensam como conceitual dentro de campo e na sua administração não dá mais margem para amadorismo e Santa Maria ainda sofre com pensamentos desse nível.

Ainda bem que o pensamento retrogrado referido acima está sendo eliminado. Em 2012, o Riograndense trouxe na figura de Renan Mobarack como gerente executivo, alguém profissional e atualizado para cuidar estritamente com o futebol. O Inter-SM, chamou Foguinho para realizar esse papel e o trabalho de ambos pode ser considerado bom.

Só não é melhor pelos problemas que assolam os clubes. O Inter-SM passa por dificuldades financeiras que todos estão cansados de terem conhecimento. O lado esmeraldino apesar de não estar igual na situação do rival, também sofre com problemas, tanto é que quase não joga a Copa Hélio Dourado neste segundo semestre.

Já que a situação não é fácil, é preciso diminuir a chance de erros. Os dirigentes precisam mostrar planejamentos compatíveis com as realidades dos clubes e principalmente, serem profissionais qualificados em cada área de atuação sem espaços para velhos amadorismos. Há renovação se faz necessária sobretudo no pensamento.

A torcida que cobra, mas pouco ajuda

Muito fácil seria apenas criticar, apontar avanços administrativos e dos dirigentes santa-marienses, mas não é só eles que precisam ligar o sinal de alerta. Durante a divisão de acesso, Inter-SM e Riograndense tiveram inúmeros motivos para seu torcedor abarrotar as arquibancadas de seus estádios. O primeiro, fez uma campanha de superação de seus atletas e clamou para que seus torcedores comparecessem, porém, com retorno mínimo na grande maioria dos confrontos. O Riograndense, até pela campanha levou mais torcedores, mas que em momentos que precisavam apoiar, não davam a resposta "no grito".

Durante o período de transição para a copinha, só ouvia-se que os clubes tinham que manter ativos as atividades, não se permitia o fechamento durante o segundo semestre. A resposta era clara, os torcedores tinham que ajudar, assim como os empresários. Quando ambos confirmaram-se na disputa, o torcedor aprovou a iniciativa, mas ficou como promessa de políticos: da boca para fora.

A copinha chegou e é um fracasso as torcidas. Estive num jogo no Presidente Vargas, quarta-feira, 20 horas, tempo bom e tivemos um público pífio de 100 pessoas. No último jogo contra o 14 de Julho, sábado a tarde, tempo favorecendo outras vez, 100 pessoas. O torcedor do Riograndense não fica muito atrás, contra o mesmo 14 de Julho, num sábado ensolarado, tivemos em alguns momentos mais policiais do que torcedores.

E tivemos um clássico Rio-Nal. Faço um desconto que a partida foi numa quarta-feira a tarde, o público beirou as 500 pessoas, mas este foi a exceção das exceções. No ritmo que estamos, o próximo clássico que será a noite, não vai dar mais de 2000 pessoas.  Por isso, não adianta o torcedor ficar cobrando, exigindo que os clubes se mantenham ativos, se quando precisa de seus adeptos, não há resposta.

Os ingressos não são caros, estão muito mais acessíveis. Os horários e na maioria dos casos o tempo ajuda, mas parece que sempre falta alguma coisa para esses torcedores.

O Futebol dos "Veteranos" supera o Profissional

O futebol dos sábados dos veteranos é mais atrativo que o profissional. Parece inacreditável, mas é o que acontece no coração do Rio Grande. Nas últimas semanas que ouvi de pessoas e torcedores criticando os clubes profissionais por colocarem os jogos no horário dos jogos veteranos não foram poucos. Isso me leva a crer que para os torcedores, aqueles citados acima, que não comparecem ou vão em número ridículo as canchas profissionais preferem o amador ou estão mais preocupados com ele.

Não tenho dados, mas é muito provável que um jogo dessas copas veteranas dão muito mais público que o jogo profissional. E aqui cabe uma ressalva: Não sou contra aos jogos dos veteranos, acho muito legal que a cidade tenha isso enraizado. Mas colocar em PRIMEIRO PLANO esses jogos do que os profissionais, é realmente na minha visão inaceitável, e é isso que está acontecendo.

Para reflexão

De que adianta o futebol profissional de Santa Maria estar captando pessoas capacitadas, apaixonadas e engajadas por seus clubes deixando de lado o amadorismo que perpetuou-se nas diretorias se quem ajuda a fazer o futebol que é a torcida está cada vez mais ausente e só aparece para cornetar? Que empresário da cidade ou de fora, vai querer apostar com investimentos de patrocínio se as camisetas são pouco comercializadas e a sua marca é colocada num estádio "vazio"? Que futebol Santa Maria quer continuar dando preferência, o profissional ou amador?

Se essas respostas que começam a aparecer não mudarem de cenário e se mantenham da maneira que está, pode estar sendo decretada de vez: O FUTEBOL PROFISSIONAL SANTA-MARIENSE ESTÁ NA UTI!


Guilherme Kalsing - Acadêmico de Jornalismo da Unifra